Quando vamos doar sangue, vemos muitas regras e fatores que indicam se estamos ou não aptos para fazer essa doação.
Muitas doenças, como hepatite e doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, são impeditivos para quem deseja ser um doador de sangue. Por isso, surgem as dúvidas em relação ao câncer.
Então, fique aqui com a gente para entender como funciona a doação de sangue no caso de pacientes com câncer. Assim como, no caso de pacientes que já foram curados do câncer.
O que pode ser um impeditivo para doar sangue?
No dia 14 de junho celebramos o dia de doação de sangue e, por isso, muitas campanhas são feitas para aumentarmos seu número. Na intenção de enchermos os bancos de sangue que, infelizmente, na maioria do tempo se encontram vazios.
Mas, na hora de doar sangue existem algumas restrições. Infelizmente, nem todo mundo pode ser doador de sangue devido a doenças ou até mesmo à hábitos.
Basicamente, para ser um doador, você precisa ter alguns pré-requisitos básicos, como:
- Ter mais de 50 kgs;
- Ter entre 18 e 60 anos;
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter se alimentado nas últimas 3 horas;
- Não ter ingerido álcool nas últimas 12 horas;
- Não ter nenhuma doença crônica;
- Não possuir uma tatuagem ou piercing que foi feito em menos de 1 ano;
- Não ter nenhum fator de risco ou infecções transmitidas por sangue;
- Não ter visitado regiões endêmicas para dengue, chikungunya, dengue, malária e febre amarela;
- Não ter recebido doação de sangue há menos de 12 meses;
- Não estar grávida, nem ter feito um parto ou sofrido um aborto nos últimos 3 meses;
- Não ter tido febre ou gripe nas últimas duas semanas;
- Não ter tido câncer.
Quando você vai doar sangue, é de praxe receber um formulário com várias perguntas para responder. Depois, é feita uma aferição dos seus dados vitais, sendo medida sua temperatura, pressão arterial e frequência cardíaca.
Além da dosagem de hemoglobina, que indica se você tem anemia ou não. Se tudo estiver dentro do normal, você pode realizar a doação.
Você não pode doar caso isso venha a prejudicar a sua saúde ou a de quem irá receber o seu sangue. Seja por alguma doença, ou por você ter se exposto a situações de risco para infecções que são transmitidas através do sangue.
Qualquer tipo de câncer proíbe a doação de sangue?
No Brasil, a Anvisa e o Ministério da Saúde, determinaram, há muito tempo, que neoplasias malignas impedem definitivamente a possibilidade de doação. Isso indica que quem teve câncer não pode doar sangue.
O principal motivo para o impedimento da doação de sangue para paciente oncológico é a sua própria saúde e condição.
A transfusão de sangue não pode gerar problema nem ao doador, nem ao receptor. Quando a pessoa está passando por um tratamento oncológico, ela se encontra fraca e com a imunidade baixa.
Ou seja, ela deve priorizar a sua saúde deixando a doação de sangue de lado. Além disso, o tipo de tratamento do paciente oncológico também ajudou muito nessa decisão.
A quimioterapia e a radioterapia, além de outros medicamentos que podem ser usados no tratamento, contém substâncias que ficam na circulação sanguínea destes.
Sabemos que é biologicamente possível o desenvolvimento de tumores a partir da transfusão, apesar de não ter sido documentado nenhum caso desse. Além disso, alguns tipos de câncer, como leucemia e linfoma, tornam a pessoa inapta para doar.
Isso porque nesses casos as células malignas circulam pelo sangue do paciente, gerando risco ao receptor. O mesmo vale para pessoas que possuem ou já tiveram melanoma.
Em quais tipos de câncer é permitido doar sangue?
Existem dois tipos de câncer que permitem a doação. Em alguns casos, são eles o carcinoma basocelular, o CBC, e o carcinoma de cérvix de colo de útero.
Nesses dois casos, o paciente pode doar quando o tratamento tiver chegado ao fim. Quando falamos sobre doação durante o tratamento, vale então o mesmo princípio para todos os tipos de câncer.
Afinal, durante o tratamento o paciente, além de possuir células malignas ainda no corpo, esse se encontra muito fraco. Por isso se deve colocar a sua própria saúde em primeiro lugar sempre, não podendo correr risco de se enfraquecer ainda mais.
O primeiro, o CBC, é um tipo de câncer de pele muito comum, surgindo nas células basais, que estão presentes na camada superior da nossa pele.
Tanto o CBC quanto o carcinoma de cérvix de colo de útero não se espalham para outras partes do corpo, ficando sempre onde se originou. Nesses dois casos, as células malignas não podem, biologicamente falando, invadir outros órgãos ou tecidos do nosso corpo, depois de tratados.
Eles não podem se disseminar através da circulação sanguínea, o que torna nula as chances do sangue do paciente conter qualquer célula maligna.
São nulas também as chances do receptor se infectar com qualquer célula maligna vindo do doador, tornando a doação de sangue 100% segura para ambos.
Conclusão
A campanha de doação de sangue é algo nobre e deve ser levada a sério. Se puder, doe! Se não estiver em condições, incentive amigos ou familiares capazes de contribuir.
Esse artigo é meramente informativo e não substitui a opinião de profissionais da saúde. Procure seu médico para se informar mais!