Entenda como funciona o laudo online

Laudo online: entenda as 6 vantagens para sua clínica médica

Essencial para otimizar atendimentos e auxiliar em diagnósticos mais precisos, o laudo online, apesar de comum e em alta devido à ampliação da telemedicina, ainda gera dúvidas em muitos estabelecimentos de saúde, de clínicas a grandes hospitais.

Quer saber quais são as reais vantagens de investir no laudo online  e quem sabe até algumas desvantagens? É só conferir o artigo de hoje para tirar as dúvidas!

Como funciona o laudo online?

O laudo médico gerado à distância ou simplesmente telelaudo ou laudo online é tão válido e confiável quanto um laudo comum preenchido à mão, já que também leva a assinatura do especialista.

Ele é, nos dias de hoje, um dos principais serviços viabilizados pela telemedicina e tem ampliado o acesso a diagnósticos mais ágeis em todo o país, só aqui você já conheceu uma das vantagens de investir no sistema.

No laudo online vão estar reunidas, no mesmo lugar, as seguintes informações:

  • Exames realizados;
  • Hipótese diagnóstica;
  • Conduta médica utilizada;
  • Interpretação dos achados.

Enquanto tecnologia médica, tanto as unidades de saúde quanto os pacientes que se encontram distantes geograficamente podem contar com suporte de especialistas das áreas da saúde que necessitam. E esse apoio é feito em tempo real, em poucos minutos, em um ambiente seguro e de fácil acesso.

O laudo online funciona da seguinte forma:

Conforme mencionado anteriormente, as informações do paciente são registradas em uma plataforma adequada para o atendimento médico e, em seguida:

  1. O paciente realiza o exame e/ou passa por consulta com os profissionais;
  2. Após a coleta das informações, os dados são enviados para uma central, via internet, para o especialista;
  3. O laudo online é gerado e, em poucos minutos, é encaminhado para o solicitante, que é o paciente, neste caso;
  4. O documento é recebido com a assinatura digital e pode ser entregue ao paciente.

Informações importantes sobre o telelaudo

Quando exames são realizados usando a telemedicina, geralmente é um profissional treinado quem executa o procedimento, para que as imagens sejam captadas de forma adequada e que atenda ao propósito do exame/consulta.  

O equipamento utilizado para tal deve dispor de tecnologia que converta os dados captados no exame em pixels e os salve em arquivos de diferentes formatos, como DICOM, JPEG, PDF ou outros.

Estes arquivos podem ser enviados para um software de telemedicina e lá ficam disponíveis para a interpretação de um especialista, via acesso remoto, por qualquer dispositivo que esteja conectado à internet.

Outros dados importantes, como informações que levem ao diagnóstico e o histórico do paciente, e que ficam no prontuário eletrônico, podem ajudar a compor o laudo online.

LEIA TAMBÉM: Protocolo SPIKES: conheça estratégias necessárias para comunicar más notícias

Como o laudo online é disponibilizado?

Só quem acessa a plataforma de telemedicina é quem vai poder gerar ou enviar o laudo online. Esses softwares possibilitam a integração com outros programas que contêm todas as informações de saúde do paciente. 

O telelaudo, então, é gerado de forma ágil e segura nesse ambiente. Além disso, ele pode ser armazenado e compartilhado entre médicos e pacientes, com total confidencialidade de dados, via e-mail.

6 vantagens do laudo online

A rapidez e agilidade do telelaudo é seu maior atrativo

  1. Facilidade de adesão por parte de pacientes e equipe médica;
  2. Resultados mais ágeis, sem comprometer a qualidade do atendimento;
  3. Economia, por não precisar ter uma equipe inteira dedicada à elaboração de laudos;
  4. Validade e a conformidade com o mesmo peso dos laudos físicos, em papel, com garantia de assinatura digital regularizada;
  5. Custos zero de logística, já que as operações são realizadas pela internet.

Desvantagens

Se o seu estabelecimento ainda não está bem estruturado, implantar um sistema vai ser neste primeiro momento uma desvantagem. Para emitir os laudos online são necessários equipamentos de alta tecnologia, que digitalizem os dados dos exames e que possibilitem também a integração com as informações do histórico do paciente.

Daí, a aquisição pode ser um empecilho importante de orçamento para usufruir das vantagens mencionadas acima. Porém, o aluguel dos equipamentos pode ser uma saída benéfica, pois os custos com manutenção e atualização dos aparelhos já estão embutidos na mensalidade e ficam por conta da empresa proprietária.

O que você achou deste conteúdo? Aqui, você viu que o telelaudo é um documento igualmente válido e confiável como o laudo médico, preenchido pelo especialista em uma consulta presencial. A diferença é que ele é feito à distância.

Quer mais conteúdo de qualidade? É só continuar no blog da Oncológica do Brasil Tem diversos artigos e dicas de saúde para você. 

a instabilidade emocional de um paciente com câncer pode afetar o tratamento?

Instabilidade emocional: o que o paciente oncológico enfrenta

A partir do diagnóstico e durante o tratamento oncológico é comum que o paciente enfrente episódios de instabilidade emocional. E é importantíssimo para a evolução do quadro de saúde que o lado emocional esteja sob controle. Mas como fazer isso? 

Confira o artigo para saber os impactos das angústias na condição de saúde e como contornar a instabilidade emocional.

A instabilidade emocional nos pacientes oncológicos

O processo de enfrentamento do câncer, desde o momento do diagnóstico e durante todo o tratamento, afeta seriamente o psicológico dos pacientes e da família. 

Episódios de angústia, tristeza e raiva são comuns até esperados. Uma pessoa com câncer vai, naturalmente, passar por períodos de instabilidade emocional. E contar com uma rede de apoio sólida, presente e capacitada pode fazer total diferença, inclusive na adesão ao tratamento.

Experimentar sentimentos negativos e conflitantes é absolutamente normal, porém é importante ficar atento se ocorrerem as seguintes situações por pelo menos duas semanas consecutivas: 

  • Sentir-se triste ou deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias;
  • Falta de interesse e prazer nas atividades diárias;
  • Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida (com ou sem plano) ou tentativa de suicídio;
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva/inadequada.

Sem acompanhamento psicológico, é altamente possível que os quadros evoluam e esses distúrbios psicológicos se instalem. Por isso, o ideal é conversar com um profissional, de preferência de psico-oncologia, para saber navegar da melhor forma pelos diversos sentimentos e emoções que a doença causa. Tem um tópico sobre isso mais à frente.

A instabilidade emocional afeta o tratamento?

A saúde mental é tão importante quanto a física, uma influencia a outra em muitas situações, coisa que provavelmente você já sabe. Então, pode-se dizer que a instabilidade emocional tem o poder de interferir no tratamento oncológico, sim.

O momento do diagnóstico é visto, muitas vezes, como uma sentença de morte. Toda a carga de estresse desse momento vai afetar até o mais forte dos sistemas imunológicos, não existe dissociação. E o que segue em diante, para absorver a notícia e começar a agir, também entra na conta. Mais uma vez: é natural e esperado que isso aconteça.

Estados de ansiedade e de depressão – devido ao período de difícil combate ao câncer – podem fragilizar ainda mais os pacientes em tratamentos agressivos. Estes estados podem:

  • causar resistência ao enfrentamento da doença, como dificuldade na adesão ao tratamento e desacreditação em benefícios a longo prazo;
  • diminuir a eficácia dos medicamentos utilizados nas terapias

Uma mente focada e alinhada com a cura tem mais chances no combate ao câncer. E aqui é válido o componente fé, independentemente do tipo de espiritualidade seguida.

Como contornar a situação?

uma equipe multidisciplinar deve contar com psicólogos e assistentes sociais para entender melhor os problemas pelos quais o paciente tem passado

O primeiro passo é se certificar que na Equipe Multidisciplinar, que vai acompanhar o tratamento oncológico, esteja incluído um profissional de psico-oncologia. É esta a área responsável pelo bem-estar emocional para uma melhoria da qualidade de vida pós diagnóstico, favorecendo a comunicação entre médico e a adesão ao tratamento contra o câncer.

O acompanhamento vai ser diverso, pois cada caso é único – duas pessoas com o mesmo diagnóstico terão respostas e perspectivas diferentes. Porém a psico-oncologia vai trabalhar com os aspectos psicológicos acerca da doença e como eles se manifestam: medos, emoções, frustrações, crenças e desejos. 

A partir disso, vai atuar de maneira constante para fortalecer a autonomia e a resiliência do paciente para o combate ao câncer.

O que você achou deste artigo? Nele, viu que a instabilidade emocional, ainda que seja um fator comum no após o diagnóstico e no tratamento contra o câncer, tem o poder de interferir na adesão ao tratamento e na própria eficácia dele. Por isso é tão importante fazer o acompanhamento psicológico, previsto pela Equipe de Atendimento Multidisciplinar.

conheça o protocolo spikes e como ele ajuda a relação entre médico e paciente

Protocolo SPIKES: conheça estratégias necessárias para comunicar más notícias

Comunicar más notícias é um desafio para quem trabalha na área da saúde. É o tipo de informação que não pode ser dada de qualquer jeito ou friamente, ainda que esse tipo de situação seja corriqueira. Para evitar que isso aconteça, existe o protocolo SPIKES.

Entenda porque ele existe, como é feito e a importância de ser aplicado com pacientes em quadro grave, sobretudo na oncologia. Confira no artigo! 

O que é o protocolo SPIKES?

O protocolo SPIKES é uma metodologia que reúne seis boas práticas na hora de comunicar más notícias ao paciente. Ele foi criado para deixar a comunicação entre profissionais e pacientes mais simples, clara e humanizada, por se tratarem de casos graves e/ou terminais.

Todas as áreas da prática médica podem se beneficiar do protocolo, mas é na oncologia onde ele fica mais evidente. Isso porque há a necessidade de uma abordagem mais delicada quando o assunto é diagnóstico, recidiva da doença ou início de tratamento paliativo.

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Como aplicar a metodologia?

entenda co o funciona a metodologia de comunicar mpas notícias

O protocolo SPIKES é dividido em seis etapas, cada uma delas tem a sua importância e não é recomendado pular qualquer uma delas ou mesmo reorganizar a ordem de realização. Veja abaixo o que significa cada letra da sigla e aprenda como aplicar:

  1. Planejando a entrevista (S – setting up the interview)

Todos os detalhes precisam ser planejados. Como contar a notícia, como responder, onde será realizada a entrevista e uma estimativa para a duração do momento. É essencial que não haja interrupções externas e que a conversa seja realizada com o máximo de privacidade.

  1. Avaliando a percepção do paciente (P – perception)

Uma vez a informação dada, é hora de perceber as reações do paciente – pelo menos neste momento. As reações são as mais variadas possíveis. Há quem fique isolado em silêncio, expressando raiva ou tristeza ou mesmo um misto de tudo isso. 

A partir da observação e do feedback do paciente, molde e corrija a informação para o pleno entendimento do quadro e alinhe todas as expectativas para a realidade do paciente.

  1. Obtendo o convite do paciente (I – invitation)

Pode ser que haja uma reação de negação da doença. É preciso ir compartilhando informação sobre as alternativas disponíveis de pouco em pouco até que se obtenha uma espécie de convite do paciente para saber mais.

Mesmo que isso não aconteça, coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas no futuro ou quando for mais conveniente. O mesmo se aplica ao familiar que, porventura, esteja acompanhando o paciente.

  1. Dando conhecimento e informação ao paciente (K – knowledge)

A linguagem precisa ser o mais simples possível para que o entendimento seja pleno e que o paciente consiga absorver facilmente – apesar do conflito interno de emoções. 

Esse cuidado precisa ser redobrado quando estão em cena os pacientes candidatos a cuidados paliativos. A desesperança de sobrevida precisa ser aliviada ao máximo possível, focando na qualidade de vida com o tempo que se tem, no que diz respeito ao controle da dor e dos sintomas da doença.

Expressões técnicas demais, frias e duras não contribuem para o sucesso do protocolo SPIKES e, de tempos em tempos, é preciso se certificar que o paciente está entendendo os procedimentos..    

  1. Abordar as emoções dos pacientes com respostas afetivas (E – emotions):

Todas as emoções demonstradas pelo paciente precisam ser acolhidas pelo médico, afinal a má notícia é um divisor de água na vida da pessoa acometida pela doença.

Gestos e/ou frases de solidariedade são fundamentais para o entendimento sobre o caso e ainda minimizam o isolamento por parte do paciente. Cada um leva um tempo diferente para processar as informações, portanto qualquer reação por parte dele, nesse momento, deve ser encarada com normalidade.

  1. Estratégia e resumo (S – strategy and summary):

Independentemente se a via de tratamento é curativa ou paliativa, sempre pergunte se o paciente está pronto para prosseguir com a conversa. Ainda que a segunda via seja motivo de revolta e desespero, foque em explicar a eficácia para uma melhor qualidade de vida que os cuidados vão trazer para o quadro.

Ainda que as informações tenham efeito negativo, dados importantes sobre o quadro não devem ser mantidos em sigilo, exceto se for uma vontade expressa dele. Por outro lado, revelar tudo sem a mínima preocupação com a linguagem e sem oferecer o suporte necessário pode ter consequências tão graves quanto as causadas pela omissão de fatos. 

O que você achou do artigo? Aqui, você viu que o protocolo SPIKES é a metodologia adequada para comunicar más notícias de forma clara, objetiva e, sobretudo, mais empática e humanizada. Você viu no que consiste a prática e como aplicar.

Um diagnostico de falso positivo ou negativo pode ocorrer por uma série de faores que vão desde medicamentos tomados até o estado mental do paciente

Diagnóstico: o que interfere no falso positivo ou negativo

Quando se está em processo investigativo, de qualquer enfermidade, não tem hipótese pior que um diagnóstico errado. O falso positivo e o negativo trazem consequências para o estado emocional dos pacientes e até complicações legais para médicos e estabelecimentos de saúde.

Confira no artigo de hoje as possíveis causas para diagnósticos errôneos e o que pode ser feito para evitá-los. Vamos lá?

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A amamentação reduz o risco do câncer de mama?

Entenda o diagnóstico falso positivo e negativo

Um diagnóstico falso positivo ou falso negativo têm consequências devastadoras. A saúde física e mental podem ser seriamente abaladas por qualquer um de ambos.

Não importa a doença, mas quando o assunto é câncer, a melhor saída é sempre uma investigação minuciosa para um resultado certeiro.

Geralmente causados por alterações em exames, a leitura desses resultados pelo profissional não tem como ser outra. São inúmeros os casos de anormalidades detectadas em exames que indicam a presença de tumor e, em um teste de confirmação, o tumor é inexistente.

A presença de outra doença ou a sobreposição de estruturas normais do corpo podem aparecer nas imagens como algo parecido com nódulos, como é o caso do câncer de mama.

O impacto de um diagnóstico mais importante é na saúde emocional, principalmente quando é falso positivo. Mesmo que depois ele seja corrigido, há grandes chances de danos à saúde com tratamentos invasivos e desnecessários até que se verifique isso. 

Estresse, ansiedade e depressão e tudo mais que deriva destes três fatores pode ser fatal para a vida de uma pessoa.

Falso Negativo

O falso negativo também é ruim, pois pode-se perder a janela de tempo para uma intervenção precoce – sabemos que para o câncer o fator tempo é crucial para o sucesso do tratamento.

Ser criterioso com o local de coleta de exames é uma das ações que possibilitam um controle maior por parte do paciente. Os laboratórios devem sempre ser referência em padrão rígido de qualidade e compromisso com os parâmetros reais das doenças.

Problemas nos equipamentos, erros no procedimento de coleta ou condução do exame e até a baixa qualidade de imagens geradas podem ser o suficiente para um resultado não-condizente com a realidade.

Existem algumas práticas que podem reduzir as chances de erros no diagnóstico de doenças. Repetir exames, conversar com mais de um especialista, fazer exames adicionais.

Vamos falar mais detalhadamente sobre isso no tópico a seguir.

Como evitar um diagnóstico incorreto

É uma via de mão dupla, de responsabilidade tanto dos médicos quanto do paciente. Há muitas variáveis que podem interferir na acurácia de um diagnóstico, que vão desde medicamentos que possam alterar os resultados de exames ou mesmo uma falha humana na leitura desses dados.

Então, fique atento a algumas dicas para prevenir que isso aconteça com você.

Informação é essencial

Nos dias que antecedem a consulta, vá fazendo uma lista de perguntas para coisas que precisam de esclarecimento médico. É dever do profissional informar o que sabe e explicar tudo de uma maneira acessível.

A consulta é para isso mesmo: tirar dúvidas e tomar decisões. É necessário estar bem informado. Um bom exemplo é perguntar se os medicamentos ou hábitos podem interferir nos resultados de um exame e quais os níveis considerados normais para determinado problema,  

Consulte mais de um médico

O paciente deve sempre buscar a opinião de mais de um profissional quando se trata de uma doença mais séria

Procurar uma segunda ou terceira opinião ajuda bastante a minimizar a taxa de erro. Ainda mais se o diagnóstico positivo não condiz com o quadro clínico e com o histórico de saúde do paciente.

Geralmente, exames adicionais podem ser solicitados e até mesmo que repita os exames que já foram feitos para descartar ou confirmar a hipótese.

Como nosso artigo é sobre câncer, a existência e usufruto de uma Equipe de Atendimento Multidisciplinar é essencial nesses casos. Vários profissionais, de diferentes especialidades, conversando entre si, na busca da melhor saída para o paciente.

Gostou do nosso conteúdo? No artigo, você viu que o diagnóstico falso positivo e negativo pode ter consequências para todas as partes envolvidas em uma investigação ou tratamento de enfermidades, principalmente de câncer. Lançar mão de uma Equipe de Atendimento Multidisciplinar faz toda a diferença para minimizar, e até eliminar, esses riscos.