As causas do câncer de colo de útero podem ser completamente variadas. Muitas pessoas possuem dúvidas em relação à doença, principalmente pela falta de informação.
Ainda que o câncer seja algo conhecido, nem todo mundo tem pleno conhecimento de suas causas, sintomas, de como se trata, entre outras coisas. Ainda rola muito tabu e mitos em relação ao assunto.
A doença no colo do útero geralmente é silenciosa e não possui sintomas. Em grande parte dos casos, o câncer é descoberto por meio do exame papanicolau ou apenas em fases em que a doença se encontra muito avançada.
Se você quer saber mais sobre a doença e ficar atento a ela, continue lendo este conteúdo, pois separamos tudo o que você precisa saber a respeito.
Quando o câncer cervical se manifesta
A saúde da mulher é algo que se deve cuidar desde cedo. Portanto, desde quando ocorre a primeira menstruação, já é importante consultar o ginecologista para acompanhar o desenvolvimento da mulher.
O câncer do colo uterino está entre os três tumores malignos mais frequentes em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. De acordo com o INCA, esse é um dos tipos de câncer feminino que mais mata.
No entanto, a doença pode ser descoberta por meio de exames de rotina. E a grande boa notícia é que quando ele é descoberto precocemente, as chances de cura são bastante altas.
Em relação às causas desse tipo de câncer, pode-se dizer que ele é causado por meio de uma infecção persistente do papilomavírus humano (HPV), em especial, pelo seu subtipo oncogênico. Outros fatores de risco que possuem correlação com a doença são:
- Início da vida sexual muito cedo;
- Múltiplos parceiros;
- Histórico de verrugas na genital;
- Tabagismo;
- Pacientes com doenças imunossupressoras.
Ser infectada pelo HPV é uma coisa bem frequente, pois ele é uma infecção sexualmente transmissível, ou IST. Sendo assim, relações sem o uso de proteção podem facilmente passá-las. Em geral, a infecção não evolui para doença e é combatida pelo sistema imunológico.
No entanto, há ressalvas para quando acontece alguma alteração celular. É aqui que a doença pode se desdobrar para um câncer de colo de útero.
Quando a detecção é feita por meio do papanicolau, é possível tratar rapidamente a doença.
Formas de detectar as causas e se prevenir
De acordo com os especialistas, as mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram relações sexuais devem começar a fazer esse exame. Em relação à frequência que deve-se fazer o papanicolau, é de 3 em 3 anos.
Isso vale apenas para as mulheres que já fizeram dois exames consecutivos que deram normais num intervalo de um ano. A prevenção para esse tipo de IST é fácil, basta usar preservativos.
Fazer uso de preservativos diminui e muito a chance de ser infectada. Outra maneira da mulher contrair a infecção é durante o parto. Então é preciso ficar atenta.
Hoje em dia, graças aos avanços da ciência, é possível tomar vacina contra o HPV. Portanto a prevenção começa desde cedo. O indicado é que meninas de 9 a 14 anos as tomem.
Os meninos também podem possuir a infecção e dessa forma, eles também devem tomar a vacina na idade de 11 a 14 anos. Pessoas com HIV e indivíduos com transplantes de 9 a 26 anos também devem se vacinar.
A vacina não é cura, e sim uma medida preventiva. Então não é porque você já foi vacinado que deve se descuidar. A vacinação atua junto aos exames como uma medida para que você se previna de um possível câncer.
É muito importante que os exames de coleta de material sejam feitos junto ao ginecologista, pois assim, pode-se tratar antes mesmo que exista um tumor. No entanto, se houver o diagnóstico de um câncer, há meios de tratamento.
Alguns dos possíveis tratamentos são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, braquiterapia ou a combinação de mais de uma dessas estratégias
Corrimento vaginal, odor, sangramento e outros sintomas
Um dos sintomas que podem indicar a presença do câncer de colo de útero são o corrimento vaginal amarelado e com odor, sangramento irregular, sangramento após relações e dores abaixo da região do ventre.
Quando os casos se encontram avançados, os pacientes costumam sentir dores pélvicas fortes, anemia, dores nas costas e alterações miccionais e no hábito intestinal.
Depois de ter sido feito o diagnóstico, haverá uma classificação para o tipo de câncer de colo de útero que a mulher possui e qual é o seu estado, vejamos:
- TX: tumor primário não identificado;
- T0: sem evidências do tumor primário;
- Tis ou 0: carcinoma in situ.
Estágio 1
- T1 ou I: carcinoma cervical somente no útero;
- T1 ou IA: carcinoma invasor com diagnóstico apenas na microscopia;
- T1 a1 ou IA1: invasão estromal de até 3 mm de profundidade ou até 7mm na horizontal;
- T1 a2 ou IA2: invasão estromal de até 3 mm a 5mm de profundidade ou até 7mm na horizontal;
- T1b ou IB: lesão clinicamente visível e somente no colo do útero ou uma lesão microscópica maior que T1a2;
- T1b1 ou IB1: lesão visível com 4 cm ou menos;
- T1B2 IB2: lesão visível com mais de 4 cm.
Estágio 2
- T2 ou II: tumor achado dentro e fora do útero mas não atinge a parede pélvica;
- T2a ou IIA: sem invasão do paramétrio;
- T2b ou IIB: com invasão do paramétrio.
Estágio 3
- T3 ou III: se estende à parede pélvica e compromete a parte inferior da vagina;
- T3a ou IIIA: compromete o terço inferior da vagina e é sem extensão à parede pélvica;
- T3b ou IIIB: se estende à parede pélvica.
Estágio 4
- T4 ou IVA: tumor que invade a mucosa vesical ou retal e vai além da pélvis.
Conclusão
Então, independentemente das causas do câncer de colo de útero, é importante se prevenir antes de mais nada. Portanto, fazer exames periódicos e ter tomado a vacina, já são bons meios de prevenir a doença.
Todo cuidado quando se trata de câncer de colo de útero ainda é pouco. É preciso se manter bastante atenta e sempre protegida nas horas das relações.
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