Poucas pessoas já ouviram falar do câncer de vagina, exatamente por ser um câncer raro. Esse corresponde a cerca de 7% dos cânceres ginecológicos.
Isso torna importante o acesso à informação e ao atendimento médico preventivo. Para que o diagnóstico seja feito nos estágios iniciais do tratamento, aumentando as chances de cura.
Continue lendo o artigo até o final, pois iremos esclarecer tudo que você precisa saber sobre câncer de vagina. Desde seus sintomas até o tratamento.
O que é e quais os sintomas do câncer de vagina?
Muitas vezes surge como consequência e agravamento de outro tipo de câncer, como no colo do útero ou na vulva.
Assim como outros tipos de câncer, não existe uma causa específica para o surgimento do câncer vaginal. Muitas vezes ele está ligado à infecção pelo vírus do papiloma vírus, conhecido pela sigla em inglês HPV (human papillomavirus).
Trata-se de um dos vírus que geram proteínas que alteram a forma do nosso gene supressor de tumores funcionar. Com isso, é mais fácil o aparecimento de células cancerígenas quando se foi infectado pelo HPV, o que pode vir a gerar um câncer com o tempo.
Ele surge, na maior parte dos casos, em mulheres que possuem de 50 a 70 anos de idade, por ser de desenvolvimento lento.
Apesar de não significar que não possa ocorrer em mulheres mais jovens, pois pode, principalmente se for uma jovem que não se cuida muito durante as relações sexuais.
É mais comum em mulheres diagnosticadas com neoplasia vaginal intraepithelial. Ou em mulheres cuja mãe fez tratamento com DES ou dietilestilbestrol durante a gravidez.
Nesses casos, em geral, os tecidos cancerígenos ficam localizados na área interna da vagina, fazendo com que não seja visível olhando externamente. Por isso, o diagnóstico só é possível a partir de exames de imagem específicos, que podem ser solicitados pelo ginecologista ou pelo oncologista.
Sintomas
Na sua fase mais inicial, você não sentirá nenhum sintoma do câncer vaginal. Entretanto, conforme ele vai avançando, alguns deles podem surgir.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Corrimento vaginal anormal, mau odor ou muito líquido;
- Região genital inchada ou vermelha;
- Dor nas costas;
- Massa palpável;
- Dor na região;
- Sangramento vaginal anormal;
- Dor durante a penetração;
- Vontade frequente de urinar;
- Dor ou ardência ao urinar;
- Constipação.
Fatos que você precisa saber sobre o câncer de vagina
Separamos alguns fatos importantes sobre o diagnóstico e tratamento do câncer de vagina para você saber.
1. O diagnóstico não é muito fácil
O seu diagnóstico não é muito fácil porque não apresenta sintomas em sua fase inicial. Além disso, muitos dos seus sintomas que surgem com o tempo podem ser confundidos com sintomas de outras doenças vaginais.
Por isso, é muito importante realizar o exame preventivo constantemente, ou seja, o papanicolau. A fim de identificar o surgimento do câncer ainda na sua fase inicial, o que aumenta as chances de cura.
Com um indicativo da doença no exame preventivo ou pela observação a olho nu de alguma ferida ou suspeita, o ginecologista deve solicitar uma biópsia. Ela ocorre através da raspagem do tecido da superfície do interior da vagina para isso.
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2. O tratamento vai depender do tipo e do tamanho do câncer
Não existe um tratamento específico para o câncer de vagina, podendo variar de acordo com o estado de saúde do paciente e as condições do seu tumor. Em geral, pode ser feito com cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapia tópica.
A radioterapia usa a radiação para desacelerar o crescimento das células do câncer ou até mesmo as destruir. Sendo um tratamento que pode ser feito juntamente com baixas doses de quimioterapia.
A quimioterapia é um tratamento por remédios, seja via oral ou pela veia, que auxiliam na destruição das células cancerígenas.
Muitas vezes é feito antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor e tornar a cirurgia mais fácil, sendo o principal tratamento utilizado para câncer de vagina. Mas, dependendo da dosagem, pode ter efeitos colaterais intensos.
A cirurgia é feita para remover o tumor vaginal, evitando que ele aumente ou se espalhe. Em alguns casos, o ideal é fazer a remoção do útero para evitar o surgimento de câncer no órgão.
Já a terapia tópica, que não é muito utilizada, se trata de aplicar cremes ou géis sobre o tumor, para evitar o seu crescimento.
3. Existem alguns tipos de câncer de vagina
O câncer de vagina pode ser gerado por diferentes tipos de tumores. Os 4 principais são:
- Carcinoma de células escamosas: São os mais comuns, sendo cerca de 90% dos casos de câncer de vagina. Estão localizados na parte superior da vagina, com desenvolvimento lento, mas podem se espalhar por tecidos próximos se não for tratado;
- Adenocarcinoma: Cerca de 10% dos casos, é mais comum em mulheres acima dos 50 anos, mas o adenocarcinoma de células claras é mais frequente em jovens que foram expostas ao dietilestilbestrol no útero materno;
- Melanoma: Cerca de 3% dos casos, tendem a aparecer tanto na área interior quanto exterior da vagina, variando muito e não possuindo um padrão;
- Sarcoma: Também, cerca de 3% dos casos, é um tipo de câncer que se inicia nos ossos, músculos ou tecidos, sendo formados no fundo da parede vaginal, podendo ser encontrado em crianças.
4. Há uma grande variação na taxa de sobrevivência
Ao encontrar o câncer no estágio 1, a taxa de sobrevivência chega a 84%. Caso esteja no estágio 2, a taxa passa a ser de 75% e nos estágios 3 e 4 são de 57%.
É importante ficar atento aos sintomas, mas, principalmente, às recomendações do seu médico.
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