As doenças inflamatórias intestinais são males que, normalmente, são do tipo crônico. Veja quais são as 4 mais comuns e os tratamentos usados.

Conheça as 4 doenças inflamatórias intestinais mais comuns

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são patologias em que se deve prestar bastante atenção, justamente porque, se não cuidadas, podem se transformar em um câncer. A área responsável por cuidar desta parte do corpo é a gastrologia. 

Por meio dela, o profissional consegue estudar a fisiologia e as patologias da parte gastrintestinal, do pâncreas, vesícula, entre outras áreas. Muitas são as chances de desenvolvimento da doença nesta parte do corpo. 

Por isso acaba se fazendo necessário uma atenção redobrada para que elas não se intensifiquem. Abaixo, veja um pouco mais sobre este assunto e quais são as DII mais comuns de surgirem.

 

Quais as doenças inflamatórias intestinais mais comuns?

Grande parte das pessoas que chegam até o gastroenterologista, se queixam de cólicas, distensão, obstruções, dificuldade de evacuação e diarreia. Estes são alguns dos sintomas mais comuns das doenças intestinais.

Saber como diferenciá-las e tratá-las de maneira correta de acordo com as recomendações é fundamental. Dentre os sintomas mais comuns das doenças que acometem o intestino e que geralmente surgem como diagnóstico nos consultórios, são:

  • Doença de Crohn;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Retocolite ulcerosa;
  • Obstipação.

Abaixo, saiba um pouco mais sobre cada uma dessas doenças e como tratá-las de modo correto, acompanhe a seguir.

1. Doença de Crohn

Se trata de uma patologia de cunho infeccioso e que aparece por todo trato gastrintestinal. Acaba se tornando mais habitual na parte distal do intestino delgado e grosso. Ela se instala nas mucosas e nas camadas musculares das alças. 

Essa patologia não possui uma causa bem estabelecida, ainda que se tenha estudo a respeito, sua manifestação pode ser aguda e recorrente ou então intercalada. Geralmente, quem a possui relata sentir diarreia frequente, dor no abdômen, febre, emagrecimento e estomatite.

O diagnóstico pode ser feito através da colonoscopia com biópsia e um parecer do íleo terminal. A tomografia de abdômen também pode ser usada para fazer um parecer das fístulas entre alças intestinais.

O tratamento vai depender muito da forma que essa doença se apresenta e da sua gravidade. A princípio, ela é tratada com corticóides. No entanto, em alguns casos, a cirurgia se faz necessária.

2. Síndrome do intestino irritável

Essa síndrome junta vários tipos de sinais sem que aconteça alguma evidência de lesão do intestino grosso ou delgado, portanto, não há dano orgânico vindo dela. Assim como a doença anterior, suas causas não são muito conhecidas. Alguns fatores podem contribuir para o seu aparecimento, como:

  • Contrações do músculo de forma anormal no intestino;
  • Algumas alterações no sistema nervoso intestinal;
  • Doenças de cunho inflamatório;
  • Infecção subjacente;
  • Alteração na microfibra intestinal.

Alguns fatores também que são responsáveis por desencadearem essa síndrome, são causados pelo estresse emocional e uso demasiado de alimentos industrializados. Dentre os principais sintomas, pode-se observar uma dor abdominal parecida com a cólica, distensão abdominal, aumento de evacuações, constipação e diarreia.

Pode-se fazer o diagnóstico através da análise de fezes. O tratamento foca no alívio dos sintomas. Uma mudança dentro da rotina adotando dietas e um melhor estilo de vida já ajuda bastante.

3. Retocolite ulcerativa

Ela é uma patologia inflamatória que afeta o cólon e o reto. Sua característica principal é a infecção da camada superficial, restrita à mucosa e não chega ao músculo das alças.

Seus motivos ainda são desconhecidos, uma possibilidade sobre seu desenvolvimento se dá pelo desalinhamento do sistema imunológico. Quando as células acabam atacando a mucosa do trato digestivo.

O quadro clínico geralmente segue com a apresentação de diarreia crônica com sangue, anemia e febre, ela também desencadeia outros sintomas extraintestinais. 

  • Diagnóstico: é feito através de uma retossigmoidoscopia com biópsia;
  • Tratamento: a princípio é clínico e usa-se medicação para controlar a inflamação.

4. Obstipação

Esta é uma patologia na qual o paciente apresenta dificuldades de evacuar, assim, os sintomas apresentados são dores abdominais e desconforto. Ela é tratada como a apresentação de vários sintomas e não como uma doença em si. 

No entanto, pode-se requerer uma investigação maior e um diagnóstico que seja mais específico. Em grande parte dos casos seu acontecimento aparece por conta da dificuldade de trajeto do bolo fecal em direção ao reto. 

O diagnóstico quase sempre é feito de modo clínico e o tratamento geralmente acontece por meio de uma ingestão maior de fibras e água. Se ao adotar essas medidas, houver uma melhora, então a suspeita acaba sendo confirmada.

 Outro estímulo para o tratamento desta patologia, é a realização de exercícios físicos para ajudar no estímulo do trajeto do bolo fecal.

 

Por que é preciso dar atenção ao tratamento de DII

As doenças inflamatórias intestinais são males que, normalmente, são do tipo crônico. Veja quais são as 4 mais comuns e os tratamentos usados.

As doenças inflamatórias intestinais muitas vezes não recebem a atenção que deveriam. Muito se parte do pensamento de que é algo passageiro e que logo vai embora.

No entanto, nem sempre é assim. Muitas vezes o agravamento de alguns sintomas comuns, pode indicar o aparecimento de algo muito mais grave, como por exemplo o câncer de intestino ou colorretal.

Deve-se dar uma atenção especial principalmente para aquelas doenças infecciosas. Isso porque as lesões que elas provocam podem acabar interferindo na qualidade de vida do paciente.

Portanto, o que acontece a longo prazo é o avanço da doença e, muitas vezes, um diagnóstico de câncer nas áreas que ficaram lesionadas.

Por isso que ao menor sinal de desconforto contínuo, procure um especialista para que ele prescreva alguns exames para a investigação mais detalhada da doença.

Somente assim se torna possível saber qual o melhor tipo de tratamento e cuidado seguir, para que se possa preservar a vida deste paciente. Por fim, vimos então ao longo deste artigo :

  • Algumas das principais doenças inflamatórias intestinais;
  • Suas causas;
  • Etiologia;
  • Quadro clínico;
  • Diagnóstico;
  • Tipo de tratamento ideal.

Mostramos também os motivos para cuidar e dar uma atenção maior ao aparecimento desses sintomas para que ele não piore e se transforme em um câncer. O cuidado nesta parte do corpo é muito delicado.

Uma vez que a pessoa tenha o diagnóstico de câncer confirmado, ele se torna mais delicada ainda, pois a quimio não é um tratamento suave.

Sendo assim, prevenir é a melhor forma de lidar com possíveis doenças. Gostou deste artigo? Nos conte então sua opinião e compartilhe-o.