O câncer de pulmão é um dos tumores com a maior taxa de mortalidade e, no Brasil, principal causa de óbito pela doença entre homens e a segunda entre as mulheres. E é por isso que este mês a Oncomed – Clínica de Tratamento Multidisciplinar do Câncer criou a campanha de conscientização do “Agosto Branco”.
O tabagismo é responsável por 90% das ocorrências. O cigarro é a causa de 9 em cada 10 casos de câncer de pulmão em homens e cerca de 8 em cada 10 casos em mulheres. Muitos pacientes apresentam outras doenças relacionadas ao tabagismo, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou enfisema, e a cardiopatia coronariana.
A campanha visa a contribuir para a conscientização quanto à importância da saúde dos pulmões e à prevenção desse tipo de câncer, uma doença silenciosa e que pode ser fatal. O câncer de pulmão é normalmente diagnosticado em estágios avançados, já que os sintomas iniciais da doença não são muito claros. No Brasil, esse câncer é o 2º mais incidente nos homens e o 4º mais incidente nas mulheres.
Em 2016, uma pesquisa realizada em março de 2016 pelo Instituto Datafolha demonstrou a necessidade de disseminar informações para combater esse tipo de tumor. Naquela ocasião, o levantamento indicou que 76% dos entrevistados nunca falaram com o médico sobre câncer de pulmão e 61% não se consideravam bem informados sobre a doença.
De lá para cá, houve uma mudança. A mais recente pesquisa do Datafolha, realizada em 2019, mostrou que apesar de 97% da população dizer que conhece a doença, 70% acredita ser fácil diagnosticá-la precocemente – o que contradiz a realidade da doença, uma vez que apenas 20% dos casos são diagnosticados cedo. Quando perguntado aos pacientes, 62% também acham que o rastreio é simples, mesmo que apenas um terço deles sejam diagnosticados no estágio 1, no qual ainda há chance de cura.
Sobre os fatores de risco, 72% da população e 70% dos pacientes apontam o cigarro como principal. Além disso, 95% da população entende que o fumante passivo também é prejudicado. Sobre o diagnóstico, 11% dos pacientes levaram mais de meio ano para iniciar o tratamento e apenas 9% e 17% dos pacientes conhecem tratamentos inovadores — como terapia-alvo e imunoterapia, respectivamente.
A pesquisa aponta ainda que 19% dos brasileiros, cerca de 30 milhões de pessoas, declararam ter ou já ter tido um parente com câncer de pulmão.