No mês de agosto alguns alertas chamam atenção da sociedade, um deles é para o "Agosto Verde Claro", data e cor que foram instituídos pela Organização Mundial da Saúde - OMS, para sensibilizar e orientar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer no sistema linfático. Linfomas são neoplasias encontradas no sistema linfoide que são representados pelos linfonodos, gânglios ou ínguas, onde estão as células brancas responsáveis pela defesa do organismo contra agentes externos, a exemplo, as infecções.
Os linfonodos são bem pequenos e têm a forma semelhante a do feijão, existem mais de 400 espalhados por todo o corpo e são divididos em grupos (cadeias), a maioria encontrada na região do pescoço (cadeia cervical) e interligados pelos vasos e ductos linfáticos.
O Linfoma é um tumor maligno e está entre os dez tipos de câncer mais incidentes em homens e mulheres, e de acordo com o Instituto do Câncer - INCA, foi o mais estimado no ano de 2020. É importante ficar atento, pois os linfomas também podem ser encontrados em outros órgãos ou na medula óssea.
Para entender melhor como a doença surge, vamos explicar: quando uma célula branca se altera e começa a se multiplicar de forma descontrolada, ocorre o aumento dos linfonodos que podem ser sentidos ao serem palpados na pele do pescoço, virilha e axilas. As chamadas “ínguas” ou “caroços”, que podem ou não ser dolorosos, e existem vários tipos de linfoma que podem ser de crescimento lento ou rápido, há dois tipos principais de linfomas: Linfomas de Hodgkin (LH) e Linfomas não Hodgkin (LNH).
Linfomas de Hodgkin se caracteriza por se espalhar de forma ordenada através dos vasos linfáticos, em uma rede de distribuição no organismo humano. E quando, uma das células de defesa, o linfócito, se torna maligna, surge a doença, que pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum entre os adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres, dados informados pelo INCA.
Linfomas não Hodgkin podem ser identificados devido a não ordenação das células malignas ao se espalharem pelo organismo, e existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin e para que seja identificado são necessários vários exames, entre eles, estão a biópsia (retirada de pequena porção de tecido, em geral dos gânglios linfáticos, para análise em laboratório de anatomia patológica), punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Um total de aproximadamente 2.640 casos da doença foram diagnosticados em 2020.
Causas da doença
• Sistema imune comprometido: pessoas com deficiência de imunidade, em consequência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras (usadas em casos de transplantes, por exemplo) e portadoras de infecção pelo HIV têm maior risco de desenvolver linfomas.
• Portadores dos vírus Epstein-Barr e HTLV1 e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas) têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma;
• Algumas substâncias químicas estão associadas à ocorrência da doença, como agrotóxicos. Trabalhadores do setor de transporte rodoviário e ferroviário, operadores de rádio e telégrafo, trabalhadores em laboratórios fotográficos, galvanizadores, agricultores, trabalhadores da indústria do couro e calçados, borracha e plástico, cerâmica e porcelana, laticínios, madeira, têxtil, petroquímica, usinas elétricas e lavagem a seco são os mais expostos a fatores de risco de desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin.
• Exposição a altas doses de radiação.
Diagnóstico
O especialista fará avaliação e examinará com palpação do linfonodo, seguindo para o diagnóstico definitivo dos linfomas que é feito através da biópsia.
Caso haja diagnóstico de linfoma, é realizado exame de imagem e biópsia da medula óssea para verificação da extensão da doença no corpo.
Os principais sintomas que são inicialmente identificados pelo próprio paciente ou familiar são:
Febre alta, maior que 38ºC, perda de peso (maior que 10% do peso habitual em 6 meses), suor noturno que pode deixar a roupa do corpo e também da cama molhados, o aumento do volume do baço, que será sentido em um desconforto na barriga ou mesmo sintomas de estufamento ou aumento de volume abdominal (quando o baço atingir grandes proporções), pode haver Tosse frequente, por semanas sem alívio, podendo ser um sinal sugestivo de aumento de ínguas no peito.
Todos esses sintomas devem ser levados em consideração e informados durante a avaliação clínica com o especialista em Hematologia.
A Oncológica do Brasil se une para a prevenção da doença, é necessário informação e ampliação do conhecimento sobre a doença e principalmente sobre o tratamento que se diagnosticado com brevidade, as chances de cura e vida saudável são altas. Somos especialistas e referência no tratamento do câncer, e temos conosco uma equipe especializada, preparada para o tratamento clínico e humanizado dos nossos pacientes.