Estamos findando o agosto Dourado, mas a campanha de conscientização da importância do aleitamento materno continua, na verdade, ela nunca finda, pois qual alimento e quais experiências poderiam ser mais importantes do que poder produzir o primeiro alimento essencial para uma criança e poder desse ato, gerar afeto e laços profundos de amor de mãe com o filho?
É exatamente por isso que não queremos deixar de compartilhar informações essenciais para as mamães e mulheres em geral. Falar sobre amamentação e seus benefícios, assim como, falar sobre a prevenção do câncer de mama.
Alguns dados são determinantes para serem destacados, e diretamente ligados à saúde da mulher. Realizar os exames regulares e anuais são as principais indicações médicas, já que, ao realizar os exames é possível identificar as anormalidades no organismo, assim como, iniciar imediatamente o tratamento assim que diagnosticada a doença, proporcionando maiores chances de cura para a paciente.
Conversamos com a doutora Marcella Mesquita, médica oncologista da Oncológica do Brasil, e sobre a amamentação ela reforçou a importância de que as mulheres devem obedecer o tempo adequado de aleitamento, "é válido ressaltar que a Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno até no mínimo 2 anos de idade, podendo estender-se por mais tempo. Durante a amamentação, as células das glândulas mamárias renovam-se e há uma alteração hormonal complexa as quais ajudam reduzir o risco do câncer de mama. Essa redução é em torno de 4,3% a cada 12 meses de amamentação. Assim, quanto maior o tempo de amamentação menores são o risco no futuro."
De acordo com a OMS, o Brasil aponta para a maior taxa de desmame precoce, ficando em terceiro lugar no ranking dos países onde há maior índices de desmame, sendo que apenas 26% dos bebês amamentam até os 2 anos.
Existem ainda muitas dúvidas, principalmente em mães jovens e de primeira viagem, assim como, mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama, para as mulheres com histórico da doença é possível amamentar dentro dessas condições?
De acordo com a doutora Marcella, é uma dúvida recorrente e, até, comum nos Consultórios, sobre se a "mulher que já teve câncer de mama pode amamentar? E a resposta é SIM! Pacientes que estão em seguimento e retiraram uma das mamas (mastectomia) e tem a outra mama viável, podem amamentar. Se a cirurgia foi parcial da mama, porém os ductos mamários estão íntegros, a amamentação também poderá ocorrer naturalmente" e a Oncologista ainda menciona outra pergunta "E se eu estiver realizando quimioterapia? Nesses casos, a amamentação está proscrita, pois a medicação/quimioterapia podem passar para o bebê através do leite".
Quando se trata da saúde feminina, temos que mencionar que o câncer de mama é o tumor mais comum nas mulheres no Brasil e no mundo, dados oficiais do Instituto Nacional do Câncer, o INCA, mostram que aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos com uma vida saudável em que inclui: exercícios físicos, alimentação equilibrada, baixo consumo de álcool e realização de consultas médicas e exames de imagem regulares, como a mamografia e ultrassonografia das mamas.
E o fator mais importante, pois envolvem duas vidas e a saúde de dois indivíduos é a amamentação, que pode-se dizer é um fator de proteção contra o câncer de mama. E como bem destacado pela especialista em oncologia Marcella, "assim, além de ser um ato de amor entre mãe e bebê, o ato de amamentar também reduz os riscos da mãe desenvolver câncer de mama a longo prazo".
Siga mantendo esse laço de amor entre você e seu filho, a sua saúde e a saúde do seu bebê agradecem.