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Dezembro Laranja busca mobilizar profissionais de saúde para que alertem seus pacientes sobre os fatores de risco, a prevenção, os sinais para um diagnóstico precoce e opções de tratamento

Por Comunicação    |    Dezembro Laranja    |    Em 22/12/2020    |    1500 Visualizações

 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra dados preocupantes em relação ao câncer de pele. Estima-se que em 2030 haverá no mundo 27 milhões de novos casos e 17 milhões de mortes pela doença. Os países em desenvolvimento serão os mais afetados. No Brasil, atualmente, tumores na pele são os mais comuns e correspondem a 33% dos diagnósticos de câncer. 

A exposição contínua à radiação solar é o principal fator de risco para a doença. As queimaduras solares são cumulativas ao longo da vida e podem contribuir para a mutação no DNA de células, causando o desenvolvimento do câncer de pele. 

A campanha Dezembro Laranja realizada em todo o país é, assim, de extrema importância. Diversas ações buscam mobilizar profissionais de saúde para que alertem seus pacientes sobre os fatores de risco, a prevenção, os sinais para um diagnóstico precoce e opções de tratamento. 

O câncer de pele pode ser dividido em melanoma e não melanoma. Já os subtipos mais comuns da doença são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC). 

carcinoma basocelular é o mais frequente na população brasileira. Costuma apresentar áreas com protuberância, borda mais elevada e cor mais avermelhada, com pequenos vasos de sangue. Em estágios mais avançados, pode ser uma doença agressiva para a qual não há opções de tratamento aprovadas após sua progressão ou quando há intolerância aos inibidores da via Hedgehog. 

carcinoma espinocelular (CEC) de pele também é um tumor extremamente prevalente (2ª neoplasia cutânea mais frequentemente diagnosticada) e apresenta um fenótipo e uma história natural intermediária entre o CBC e o melanoma. Isto é, embora de comportamento mais agressivo do que o CBC, é uma neoplasia passível de cura na maioria dos casos, diferentemente do melanoma. Ainda assim, de 2 a 5% dos casos de CEC de pele podem envolver nódulos regionais ou metástases à distância nos pulmões, ossos e, em alguns casos, sistema nervoso central. 

imunoterapia permanece como tratamento padrão para o CEC de pele. O cemiplimabe – um anticorpo monoclonal humano de alta afinidade anti-PD-1 – apresentou impacto favorável em qualidade de vida e sobrevida livre de progressão e sobrevida global bastante animadoras. Além disso, os resultados de um estudo fase 2 da droga em carcinoma basocelular foram apresentados no início de novembro no evento Society Immunotherapy of Cancer (SITC) 2020. Os dados mostraram que de 20 a 30% dos pacientes com CBC avançado responderam ao cemiplimabe após resistência ou intolerância a um inibidor da via de Hedgehog. 

Em setembro de 2018, o cemiplimabe se tornou a primeira terapia sistêmica aprovada pelo FDA americano (U.S. Food and Drug Administration) para o tratamento da doença avançada em pacientes inelegíveis para cirurgia curativa ou radioterapia. Ele também foi aprovado pela Anvisa, em março de 2019. 

 

 

 

Referências: 

Rischin, D, Khushalani, NI, Schmults, CD, Guminski, AD, Chang, LS et al. Phase II study of cemiplimab in patients (pts) with advanced cutaneous squamous cell carcinoma (CSCC): Longer follow-up. (Abstract 10018, Poster 367; Danny Rischin, M.D.; Poster Discussion) 

Paul, E, Kuznik, A, Keeping, S, Chen, CI, Sasane, M et al. Assessing the value of cemiplimab for adults with advanced cutaneous squamous cell carcinoma (CSCC): A cost-effectiveness analysis. 

 J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr e19397) 

Migden, MR, Rischin, D, Sasane, M, Mastey, V, Pavlick, A et al. Health-related quality of life (HRQL) in patients with advanced cutaneous squamous cell carcinoma (CSCC) treated with cemiplimab: Post hoc exploratory analyses of a phase II clinical trial. J Clin Oncol 38, 15_suppl (May 20, 2020): Abstract 10033 

ASCO Educational BookSource Reference: Hall ET, et al “Immunologic Characteristics of Nonmelanoma Skin Cancers: Implications for Immunotherapy” ASCO Educ Book 2020; 40: 398-407. 

Lewis KD, Peris K, Sekulic A, et al. Interim analysis of phase 2 results for cemiplimab in patients with metastatic basal cell carcinoma (mBCC) who progressed on or are intolerant to hedgehog inhibitors (HHIs). Presented at: SITC Virtual Congress; November 9-14, 2020. Poster: 428

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