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No dia Mundial de Combate ao Câncer, especialista chama atenção para a depressão durante o tratamento da doença

Por Comunicação    |    Sobre o Câncer    |    Em 04/02/2022    |    766 Visualizações

 

 

De acordo com o Observatório de Oncologia, a chance de um paciente com câncer desenvolver depressão varia de 22% a 29%

 

Nesta sexta-feira, 4, são criadas ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, que além de conscientizar a população sobre a doença e incentivar a preservação, cobra tratamento mais adequado para os diagnosticados. 

Durante o ano, principalmente nos meses de outubro e novembro, há um grande destaque para a conscientização e prevenção do câncer de mama e próstata. Mesmo com toda a mobilização em torno do assunto, pouco se fala sobre os cuidados psicológicos para estes pacientes. 

Dados preliminares levantados pelo Observatório de Oncologia apontam que a chance de um paciente com câncer desenvolver depressão varia entre 22% a 29%. “Fatos chocantes na vida de um indivíduo podem conduzi-lo a um estado depressivo e a notícia de que o paciente tem um câncer é uma delas”, explicou o psicólogo Gilberto Junior.

O profissional trabalha na Oncológica do Brasil, clínica que é referência na região norte quando o assunto é diagnóstico e tratamento do câncer em todas as suas fases. Segundo ela, é preciso ter atenção em todo o processo, para que o paciente consiga ser tratado da melhor forma. 

“Outro detalhe é que muitos fármacos presentes durante todo o tratamento oncológico podem causar depressão. Esses medicamentos são essenciais para os procedimentos, mas devem ser usados corretamente”, completou o psicólogo. 

No Pará, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 9.250 foram diagnosticadas com câncer em 2020. Desse total, a maior parte dos pacientes são mulheres, cerca de 5,55% a mais se comparado aos homens. 

Ao receber a notícia da doença, a professora Eliana Rodrigues, de 58 anos, contou que “a sensação era que o mundo tinha acabado”. Ainda segundo ela, “o tratamento psicológico tem sido fundamental para passar por esse momento de muita luta e incertezas”, contou. 

Câncer em homens 

A maior parte do diagnóstico do câncer em homens é o de próstata, como mostra o relatório do Inca. No ano retrasado, foram registrados 930 novos casos no Pará, seguido de câncer no estômago (560); traqueia, brônquio e pulmão (340) e Cólon e Reto (250). 

O efeito da depressão no homem pode ser pior, pois envolve o medo da morte e da dor, assim como a preocupação com a sexualidade e com possíveis alterações no funcionamento familiar. 

“No caso do câncer de próstata, é preciso um acompanhamento psicológico, principalmente em relação à depressão e ansiedade, provenientes da preocupação com a sexualidade, que podem envolver disfunção erétil e a incapacidade de sentir prazer”, ressaltou o psicólogo, Gilberto Junior. 

O câncer de próstata é o tumor mais frequente entre homens com mais de 50 anos. No Brasil, ele é o segundo tipo de câncer mais comum entre pessoas do sexo masculino, sendo responsável por 10% de todas as mortes causadas pela doença. 

Tratamento da depressão 

Caso o paciente, ou até mesmo um familiar, identifique sinais de depressão, deve procurar ajuda de um especialista, psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais são preparados para diagnosticar o quadro e decidir qual é o melhor tratamento a ser utilizado. 

Os pacientes oncológicos com depressão moderada ou severa precisam de um acompanhamento psicológico e medicação, geralmente este tipo de abordagem é mais eficaz. No caso da depressão leve, o acompanhamento com o profissional pode ser o suficiente para aliviar os sintomas depressivos. Por Diego Monteiro / Oncológica do Brasil.
 

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