A Oncológica do Brasil vem investindo cada vez mais em novos tratamentos para combater o câncer, e com isso, trazer novas perspectivas aos pacientes e à prática clínica.
A médica oncologista Marcella Mesquita tratou, no mês de fevereiro, dois casos de câncer de mama metastático, quando a doença já está avançada, com uma nova droga chamada Trastuzumabe Deruxtecan, que foi aprovada em cenário que a paciente já utilizou múltiplas linhas de tratamento previamente para esse tipo de câncer.
O câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o mais incidente em mulheres no mundo, além de ser a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, com uma média de 684.996 óbitos estimados em 2020 (15,5% dos óbitos por câncer em mulheres) (IARC, 2020).
No Brasil, o câncer de mama é também o tipo de câncer com maior incidência, por isso, é importante que os profissionais da saúde se atualizem acerca das novas drogas aprovadas e eficientes. “Esta droga é um anticorpo conjugado à droga, chamados ADCs, os quais configuram um importante avanço no desenho do tratamento do câncer de mama, pois ultrapassa a limitação da quimioterapia, no sentido que consegue ser uma terapia mais específica e mais direcionada para as células tumorais propriamente ditas possibilitando um aumento na eficácia do tratamento com uma menor toxicidade quando comparada à quimioterapia”, explica a médica oncologista Marcella Mesquita.
Com uma taxa inferior de toxicidade, há efeitos colaterais menores para o paciente, melhorando o dia-a-dia, além de trazer um tratamento mais eficaz para esse tipo de paciente. “É uma droga muito importante, porque a gente tinha poucos tratamentos eficazes a princípio direcionados para pacientes com câncer de mama HER2 nesse cenário de pacientes politratadas. Os tratamentos eram muito bem estabelecidos em primeira e segunda linha e quando o paciente progredia na segunda linha, o tratamento tornava-se menos eficaz, com drogas não tão boas quando comparadas ao Trastuzumabe Deruxtecan. Assim, esta foi uma importantíssima aprovação aqui no Brasil com grande ganho por parte das nossas pacientes. Inclusive esta droga também veio preencher um cenário para pacientes com doença no sistema nervoso central, uma vez que tem atividade importante nesse sítio de metástase, diferentemente das drogas que tínhamos disponíveis”, conta a profissional.
Ainda de acordo com o INCA, o câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. A incidência e a mortalidade por câncer de mama tendem a crescer progressivamente a partir dos 40 anos (INCA, 2019). Tratamentos como esse, obtidos e realizados na Oncológica do Brasil, aumentam a sobrevida dos pacientes.
Para a médica, o diferencial desta droga é a sua eficácia. “O principal resultado do estudo pivotal que levou a aprovação dessa droga é uma taxa de resposta objetiva de cerca de 61%, com uma taxa controle de doença no cenário de pacientes politratadas da ordem de 97%, o que mostra uma performance muito boa da droga nesse cenário de doença metastática após múltiplas linhas de terapia”, confirma.
Segundo a especialista, a duração de resposta desta droga também impressiona. “Ela foi associada a um controle de doença com uma duração de resposta do tratamento da ordem de 20,8 meses, mostrando que além da paciente apresentar uma alta taxa de resposta objetiva , esse controle da doença também é prolongado e a droga sustenta a sua eficácia por mais de vinte meses. Isso é muito importante para essas pacientes”, afirma.
Atualização profissional e científica é essencial na Oncológica do Brasil, sempre buscando os melhores tratamentos e mais eficazes para os pacientes, que podem buscar as 14 unidades da Oncológica para realizar o procedimento orientado pelos médicos e equipe multiprofissional.