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Redução das hospitalizações por câncer de próstata no epicentro pandêmico COVID-19 da América Latina

Por Comunicação    |    ASCO 2021    |    Em 17/06/2021    |    476 Visualizações

 

 

Mais um estudo publicado na ASCO 2021, que contou com a participação do médico oncologista clpinico e pesquisador Dr. Luis Eduardo Werneck, MD, PhD, presidente da Oncológica do Brasil, que avaliou a redução das hospitalizações por câncer de próstata durante a pandemia do COVID-19.

A nova doença coronavírus SARS-CoV-2 2019 (COVID-19) interrompeu os sistemas de saúde em todo o mundo desde dezembro de 2019, causando pneumonia atípica e afetando vários órgãos do corpo. Na América Latina, o COVID-19 teve seu primeiro caso na megacidade de São Paulo, Brasil, sendo, portanto, o ponto de partida e epicentro da doença. Nesse contexto, o câncer de próstata (CP) é o câncer não cutâneo mais comum entre os homens e seu cuidado preventivo é substancial para a vigilância em saúde pública. Além disso, o PC desperta um interesse particular durante o surto de COVID-19, pois as terapias de privação de andrógeno PC mostraram mitigar a infecção por SARS-CoV-2, o que sugere uma associação entre SARS-CoV-2 e células PC. Assim, as consequências do surto de COVID-19 no tratamento do câncer genital masculino permanecem inconclusivas e provavelmente serão sentidas por décadas.

Métodos: Este é um estudo transversal dos AASI por neoplasias malignas de órgãos genitais masculinos na cidade de São Paulo comparando o período do surto (janeiro a junho de 2020) e um período pré-pandêmico correspondente dos anos 2017-2019. Os dados foram obtidos na base de dados do Sistema Único de Saúde - Sistema de Informações Hospitalares conforme capítulo II da Classificação Internacional de Doenças - 10ª revisão (CID-10). A regressão linear foi usada para analisar a relação entre a incidência de HAs e o tempo (meses). 

Resultados:Uma redução significativa em HAs devido a neoplasias malignas dos órgãos genitais masculinos foi observada no PC, mas não outras neoplasias malignas dos órgãos genitais masculinos durante o período do surto (janeiro-junho de 2020). PC (-19, CI -36 a -1) mostrou ser notavelmente afetado, enquanto outros cânceres genitais masculinos (-1, CI -5 a 3) não (Tabela). 

Conclusões:Nossos resultados parecem estar associados ao atraso na prestação de cuidados oncológicos ao CP durante o bloqueio e interrupção do sistema de saúde. Mais estudos são necessários para avaliar o impacto da pandemia em curso na neoplasia maligna dos órgãos genitais masculinos, particularmente o CP, a fim de corroborar estrategicamente as ações de saúde pública para as implicações da pandemia COVID-19. Regressão linear das internações hospitalares nos anos 2017-2020 (janeiro a junho) por neoplasias malignas dos órgãos genitais masculinos (capítulo II da CID-10). Município de São Paulo, São Paulo, Brasil.

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