Cerca de 6.650 mulheres devem ser diagnosticadas com câncer de ovário em 2022 no Brasil, a estimativa é do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e esse número corresponde a cada ano do triênio 2020/2022. Dia 8 de maio é conhecido como o Dia Mundial do Câncer de Ovário, data marcada para falar mais sobre a doença e conscientizar sobre os cuidados necessários, além de alertar as mulheres sobre a importância de cuidar da saúde.
De acordo com a médica oncologista Juliana Chaves, o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, ficando atrás apenas do câncer do colo de útero. “Quase totalidade das neoplasias ovarianas (95%) é derivada das células epiteliais (que revestem o ovário). O restante provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos)”, explica.
No Pará, segundo a especialista, há uma estimativa de 3,43 casos para cada 100 mil mulheres. “Os fatores de risco são a idade, infertilidade, histórico familiar, excesso de gordura corporal”, conta. “O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais ou que tiveram vários filhos”, diz a oncologista.
Prevenção
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco e tentar manter hábitos saudáveis, como manter peso corporal ideal e regularmente ir ao médico, principalmente após os 50 anos.
Diagnóstico
“O exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero”, alerta Juliana Chaves.
Sobre o rastreio: “Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de ovário traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado”, explica.
Inchaço abdominal, perda de peso e apetite, dor na região do abdômen, fadiga e mudanças no hábito intestinal ou urinário são alguns sinais para ficar em alerta e procurar atendimento médico. “Diagnóstico precoce é possível em apenas parte dos casos, pois a maioria só apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas da doença”, conclui a médica oncologista Juliana Chaves.